O turista geralmente faz uma experiência, não muito consciente, de desapego. Ao vivenciar essa experiência experimenta a leveza e liberdade conhecida dos sábios.
A título de ilustração narramos abaixo um pequeno trecho do livro - Abaixo A Depressão - de Richard Simonetti:
Um turista americano foi visitar um famoso mestre egípcio na cidade do Cairo.
Ao chegar "ficou surpreso ao ver que o ancião morava em um quarto singelo.
A partir dalí houve breve e significativo diálogo:
O turista:
- Onde estão seus móveis?
O sábio:
- Onde estão os seus?
O turista:
- Estou de passagem.
O sábio:
- Eu também."
Quatro Mosqueteiros garimpando e curtindo o solo americano. E vamos lá!!!
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
MAIS INTEIRO E AINDA CHARMOSO
NO MERCADO DE LA ABUNDANCIA, MONTEVIDÉU
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
VIAJAR PELO MUNDO É APRENDER A LÍNGUA DOS PASSÁROS
Viajar pelo mundo. Passear por praias, trilhas, cachoeiras, museus, avenidas, livrarias, bares, feiras-livres... deixar-se perder em meio ao calendário que parece ter parado para que se possa atravessar calma e distraidamente a rua movimentada de uma grande metrópole. Estacar em frente do homem da esquina que toca trompete e, ao observar o tempo preguiçoso que corre pelas frestas dos dedos que delicadamente enlaçam o instrumento, observar que as notas musicais também ajudam a avivar as cores das frutas expostas no mercadinho do outro lado da rua. Viajar a passeio é uma chance de exercitar a não-pressa. É, por exemplo, devanear percorrendo com os olhos as curvas geométricas de um prédio antigo pelo qual os passantes apressados de relógio no pulso não mais se interessam ou, de outro modo, interpretar o sorriso da bela e anônima mulher que passou rápido de bicicleta, como um convite para um drinque nas horas amenas do crepúsculo. Viajar é, para mim, principalmente, esquecimento do tempo real, pois ao esquecer-me das horas marcadas que inevitavelmente me associam a compromissos repetitivos, massacrantes e inadiáveis do dia-a-dia, esqueço-me de mim enquanto homem que precisa produzir riquezas, acumular bens patrimoniais e quiçá notoriedade e prestígio. Ao perder-me no nada de um tempo que não me cobra a hora, perco também a necessidade do reconhecimento da minha nacionalidade como algo destacado de mim e a minha língua se mistura numa humanidade que mesmo improvável e transitória parece constituir-se numa língua universal que se iguala numa perspectiva de entendimento, de paz e de serenidade entre todos os povos. Perambulando por ruas e avenidas que parecem sorrir para mim ao apresentar as suas novidades, sinto que a única crença ou religião capaz de me habilitar como cidadão do mundo é o respeito pelo outro, tão igual a mim nas suas notórias e inúmeras diferenças.
Villa
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